terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Eu sou mais eu, mais gata

numa louca serenata

Palmas para a ala dos barões famintos


o bloco dos napoleões retintos

a coisa aqui tá preta

é pirueta pra cavar o ganha-pão

Se eu pudesse juntar de uma vez meus amores num porto

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Transbordava a baía com todas as forças navais

Vê se me esgota, me bota na mesa

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que a sua holandesa não pode esperar

Quem que te mandou tomar conhaque

Resultado de imagem para bebê bebado

com o tíquete que te dei pro leite?

Eu tenho tanta alegria adiada, abafada, quem dera gritar...



to me guardando pra quando o carnaval chegar

Depois brinca comigo, ri do meu umbigo

Resultado de imagem para faustão sem nariz

E me crava os dentes

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Ou tire ela da cabeça

Ou mereça a moça que você tem

Sei que há léguas a nos separar

Tanto mar, tanto mar

E também vai amiúde

Com os velhinhos sem saúde

Pintou uma chance legal

um lance lá na capital

Tem gente já no vão de escada

Fazendo confusão, que aflição

Já foi nascendo com cara de fome

E eu não tinha nem nome pra lhe dar

E cada filho como seu fosse o pródigo

E atravessou a rua com seu passo bêbado

Uma ofegante epidemia

Que se chamava carnaval

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Que el mundo fue y será una porquería, ya lo sé

En el quinientos seis y en el dos mil también

There will never be

Another one like you

Lindo e leve vou levando

com a cabeça fria e o pé quente

Come in here, dear boy, have a cigar

You're gonna go far

Eu quero é botar


meu bloco na rua.

Quem sabe o príncipe virou um chato

Que vive dando no meu saco

Foi quando meu pai me disse

Filha você é a ovelha negra da família

Sou homem com H


e como sou

Página infeliz da nossa história

Passagem desbotada na memória

Se eu sou algo incompreensível


meu Deus é mais.

Vivo num clip sem nexo

Um pierrô retrocesso

Ele me deu um beijo na boca e me disse


A vida é oca como a toca de um bebê sem cabeça

Porque o passado me traz uma lembrança

Do tempo que eu era criança