terça-feira, 30 de junho de 2015

Chorei, chorei, até ficar com dó de mim

E me tranquei no camarim

Detalhes tão pequenos de nós dois

São coisas muito grandes pra esquecer

Se você não concordar, não posso me desculpar, não canto pra enganar

Vou pegar minha viola, vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar

Peguemos todas nossas coisas

E fumos pro meio da rua, apreciá a demolição

I never wanna die

Born to be wild

Tinha amor pro porto inteiro

Um peito de remador

A morte, surda, caminha ao meu lado

E eu não sei em que esquina ela vai me beijar

Um velho cruza a soleira, de botas longas, de barbas longas, de ouro o brilho do seu colar

Na laje fria coarava sua camisa e seu alforge de caçador

I don't want to be buried in a Pet Cemetery

I don't want to live my life again

Uma menina me ensinou quase tudo que eu sei

Era quase escravidão, mas ela me tratava como um rei

Eu quero dizer

Agora o oposto do que eu disse antes

Deus me livre, eu tenho medo

Morrer dependurado numa cruz

Quero teu leite todo em minha alma

Nada de leite mau para os caretas

domingo, 28 de junho de 2015

Não é que eu me arrependi

Eu tô com vontade de rir

Alô torcida do Flamengo

Aquela abraço

Malandro com retrato na coluna social

Malandro com contrato, com gravata e capital

Esfregando a pele de ouro marrom do seu corpo contra o meu

Me falou que o mal é bom e o bem cruel

Amigo é coisa pra se guardar

Debaixo de sete chaves

Perdão ela pediu, um beijo eu lhe dei

E minha canção pra ela terminei

Quem sabe eu faço um blues em tua homenagem

Eu vou rimar tanta bobagem

sábado, 27 de junho de 2015

que parte direto de Bonsucesso

pra depois

Queremos saber quando vamos ter

raio laser mais barato

O trânsito contorna a nossa cama


reclama

Don't stop me now

I'm having such a good time

Tórax de Superman

e o coração de poeta

Nós na batida

no embalo da rede

feito eu perdido em pensamentos

sobre meu cavalo

Mas sonho que se sonha junto

é realidade

Sou feliz

por isso estou aqui

Eu só quero que você saiba

que estou pensando em você

Não vai ser em vão

que eu fiz tantos planos de me enganar

E se uma outra pretendia um dia te roubar

dispensa essa vadia: eu vou voltar.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

No palco, na praça, no circo, num banco de jardim

Correndo no escuro, pichado no muro, você vai saber de mim

Olha aqui, preste atenção


essa é a nossa canção

Meu bem-querer

tem um quê de pecado

olha a cama de gato

olha a garra dele

Eu juro que é melhor

Não ser o normal

Os ventos do norte

Não movem moinhos

O delegado é bamba

na delegacia

Olhei até ficar cansado

De ver os meus olhos no espelho

Cê tá pensando que eu sou lóki, bicho?

Sou malandro velho, não se mete no enguiço